domingo, 15 de junho de 2014

Brasil do pão e do circo

Sempre defendi políticas emergenciais como bolsa família e prouni a fim de corrigir distorções históricas no país. Enfim, bolsas deveriam ser um instrumento e não um fim e muito menos apenas propaganda para eleger governos e justificar qualquer atitude destes.


Mas sempre defendi que tais projetos deveriam ter metas, prazos e buscar qualidade na aplicação de recursos, ou seja, que prouni não deveria chegar perto de unibans da vida e que as pessoas não deveriam passar a vida dependendo de bolsa família e semelhantes para viver, mas que deveriam receber em situação emergencial aliado a programas sociais específicos, educação, emprego e etc.

Enfim, bolsas deveriam ser um instrumento e não um fim e muito menos apenas propaganda para eleger governos e justificar qualquer atitude destes.no fim, o que temos é a ampliação do bolsa família, a ampliação da renda, mas a perpetuação da desigualdade e das condições péssimas de vida. O pobre hoje compra tv, geladeira e fogão de última geração, mas permanece numa casa sem saneamento báscio, os filhos continuam em péssimas escolas e, com sorte, entram em uma universidade cujo nível é semelhante - senão igual - ao da escola precária em que estudou.


vivemos em um país onde o governo cobra impostos abusivos sem que nada dele volte para a população.

Não temos educação, não temos saúde, não temos segurança, não temos sistema prisional sério, não temos internet de qualidade, não temos legislação séria sobre telecomunicações, não temos saneamento básico, não temos água para todos (até temos, mas os coronéis impedem que chegue a quem precisa), mas temos os políticos mais bem pagos do mundo e corrupção de dar inveja, ao ponto do partido no poder fazer caravanas para defender o seu direito a roubar.

Temos, na verdade, um governo que inibe a competição e que consegue ser estatista e neoliberal ao mesmo tempo. Usa o estado para garantir os lucros dos empresários, mas sempre que pode privatiza uma empresa aqui ou ali para, claro, garantir os mesmos lucros dos empresários. E, quando privatiza, garante sua presença para que sejam formados cartéis e para que não haja competição, afinal todos - menos o povo - devem lucrar com a ajuda do estado! O estado brasileiro é mestre em incentivar a exportação de produtos de baixo valor agregado, acha lindo, mas pressionar indústrias a inovar e competir com tecnologia? Jamais. É mais fácil simplesmente sobretaxar a importação até de produtos que nunca produzimos (e, creio eu, jamais produziremos) e garantir que empresas possam importar estes mesmos produtos e nos vender por até 10 vezes o valor original.

Mas está tudo bem, agora o povo irá poder, com bolsa, comprar tv's que custam muitas vezes mais do que deveriam, tanto pelos impostos quanto pelo simples prazer do empresariado em ter altos lucros e rápido - com entusiasmado apoio governamental.
Tudo feito nas coxas por um governo que jamais se preocupou com internet ou telecomunicações, feito a toque de caixa e de forma eleitoreira para contentar fifa, empresários e alienar a população.
E podem esperar nas próximas eleições petistas e demais governistas (até mesmo os "comunistas" do pseudob) enchendo a boca pra falar que estão ajudando o povo. 
E assim caminha o país do petismo, do pão e do circo. Aquele pão sofrido com a cesta básica aumentando todo mês (mas o aumento da gasolina, da luz, da água e dos “reajuste no I.R, no IPVA, IPTU não tem efeito, né dilma?


 (Raphael Tsavkko Garcia com adaptação do Mr. Lord)

3 comentários:

  1. Muito bom o texto, partilho sim dessa idéia de que o povo deva ser ajudado pelo estado através das bolsas mesmo, porém que isso tenha um fim. Que seja algo que possa auxiliar o beneficiado no momento que o mesmo se empenhe em conseguir algo melhor em sua vida e possa assim adquirir qualidade de vida melhor, digo adquirir devido ao aumento do poder aquisitivo mesmo. Mas infelizmente o programa do jeito que anda só incentiva os menos esforçados, para não taxar de vagabundos, a continuarem na mansidão. Incentiva o aumento da natalidade em uma família que já não tem condição de se manter com o número de indivíduos que possue, afim de ganhar um troco a mais pois conseguiu por um filho a mais no mundo. Se juntarmos os diversos vales/bolsas/ajudas/etc que um beneficiário recebe, passa e muito a somatória salarial de inúmeros trabalhadores que ralam 8h ou mais por dia para colocarem comida em casa. Enfim, enquanto a punição não vier aos que usam a máquina estatal para o bem próprio e dos seus, e de alguma forma o peso dos colégios eleitorais mudarem em uma votação de forma diferenciada, continuaremos a reclamar e falar atoa, ou seja, continuará a chover no molhado.

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